domingo, 27 de maio de 2012

ARTIGO DE GRANDE REPERCUSSÃO: EMPOWERMENT X TROPA DE ELITE (BOPE)


Em Agosto/2010 o Prof. Ms. Fabio Mello Fagundes esteve a frente da disciplina de OSM II (Organização, Sistemas e Métodos) no curso de Administração de Empresas das Faculdades Opet em Curitiba/PR. Nesta disciplina o Prof. Fabio aplicou um modelo diferente, onde foram abolidas as provas e trabalhou-se por produção científica de artigos. No primeiro bimestre, os alunos tinham que pesquisar os temas da disciplina, apresentar artigos e preparar uma proposta de artigo acadêmico. No segundo, deveriam construir o artigo e apresentá-lo. Deste modelo, foram produzidos 12 artigos sendo um de grande destaque.
Este artigo diferenciado foi produzido por Nathália de Moura Nunes e Celso Luiz Gomes Trindade, sobre o tema Empowerment (apoderamento). Para fugir dos padrões de se realizar um estudo de caso sobre empresas e deixar a atividade mais dinâmica, foi selecionado o BOPE RJ (tropa de elite do RJ) como objeto de estudo.
Foi impactante saber, que ao realizar as primeiras buscas de materiais didáticos para fundamentar o artigo, havia apenas matérias sobre as operações da corporação e nenhum estudo com visão administrativa estava disponível. Sendo assim, optou-se por utilizar o livro “Elite da Tropa” e filme “Tropa de Elite” (o “Tropa de Elite 2” ainda estava em andamento) como fonte de informação.
Por diversas vezes, o filme foi assistido, bem como, destacado cenas no qual identificasse a proposta do estudo. A análise do filme e livro não tinham como foco a história ofertada pelos autores, mas sim, compreender as questões administrativas, a fim de analisar a prática Empowerment.
Houve a necessidade de conhecer e explorar o conceito de Empowerment, a fim de confrontar com as ideias vistas no filme e livro relacionado ao BOPE, dos quais os próprios alunos conseguiam identificar facilmente no decorrer de sua rotina, bem como, ofertar uma solução em casos de conflitos no ambiente profissional.
No decorrer da construção do trabalho, já havia uma grande repercussão na instituição de ensino. Foram realizadas várias apresentações e debates sobre o tema. Finalmente o artigo obteve sua primeira publicação em Setembro/2011 na Revista Científica de Administração das Faculdades Opet, ultrapassando limites chegando até o conhecimento do Coronel René (Famoso 01 do BOPE RJ – Comandante Geral do BOPE RJ), que em outubro/2011 fez um convite para a equipe comparecesse ao batalhão com a finalidade de debater o assunto e apresentar a rotina da corporação.
De Outubro/2011 à Maio/2012 vários eventos ocorreram na cidade carioca (pacificações, greves, missões secretas, eventos comemorativos entre outros) o que impossibilitou este encontro. Mas finalmente em 11/05/2012 a visita aconteceu, sendo um momento de muitas expectativas de aprendizado. Estiveram presentes no BOPE RJ, a aluna Nathália Nunes e o Professor orientador Fabio Mello Fagundes, que foram recepcionados pelo Major Blaz, então responsável pela Comunicação do BOPE, que se encarregou de apresentar o espaço físico, a história e responder dúvidas relacionadas à organização. Na sequência, os pesquisadores foram apresentados ao Coronel Renê, que compartilhou sua experiência no comando do BOPE RJ. Durante o almoço, na companhia de vários membros do batalhão, das diversas patentes, numa conversa descontraída, percebeu-se que a ideia do filme de que o BOPE seria um local restrito, de clima pesado, estava muito distante da realidade. O que se viu foi um batalhão com um clima organizacional altamente agradável.
O Major Blaz citou o reposicionamento da marca BOPE realizado após o surgimento do filme “Tropa de Elite”, sendo composto da criação de uma área de comunicação, e também uma maior aproximação da sociedade, o que tornou possível esta visita. Quando questionado sobre corrupção, o Major Blaz, respondeu de uma forma muito consciente: “Onde existir o ser humano, existirá a corrupção, já diria Platão, contudo no BOPE assim que identificada as pessoas envolvidas, os mesmos são expulsos da corporação e respondem por isso. É isso que garante o futuro desta organização”. O Major Blaz também citou Sun Tzu, autor do livro “A Arte da Guerra”, para contextualizar a importância da corporação se conhecer muito bem, e também ao seu inimigo. Para isso, todos os oficiais fazem treinamentos diários, que envolvem desde preparação física, treinamentos militares e de ordem psicológica. Estudam inclusive PNL (Programação Neuro Linguística).
Os pesquisadores puderam conversar com a equipe de psicologia do BOPE composta da Ten. Alexandra e Rose, respectivamente psicóloga e psicopedagoga, ambas compartilharam a visão comportamental e psicológica dos profissionais ali inseridos, e o quão preocupados são com o desenvolvimento de talentos e compreensão da mente humana. A equipe de psicologia do BOPE acompanha os oficiais em missões de pacificação, como forma de acompanhar a saúde mental dos militares e também da população. 
Por fim, após várias conversas e a compreensão da rotina do batalhão, foi possível identificar que o grande cliente do BOPE é sem dúvida o cidadão e que a corporação não quer ser identificada como fonte de violência, mas sim de um mecanismo de pacificação. 
Os pesquisadores seguem trabalhando, agora em um segundo artigo, e a aluna Nathália Nunes já tem planos de seguir esta pesquisa em sua monografia de conclusão de curso. 


Na primeira imagem estão Prof. Fabio, Major Blaz, Coronel René e Estudante Nathália.
Na terceira imagem a Estudante Nathália Nunes.
Na quarta imagem Capitã Marlisa, Estudante Nathália, Capitão Soares e Prof. Fabio.
Na quinta imagem Capitã Marlisa e Estudante Nathália.
Na última imagem Prof. Fabio.

O artigo está disponível na integra:
EMPOWERMENT X TROPA DE ELITE (BOPE)

sábado, 26 de maio de 2012

OFICINAS DE TEvEP

TEvEP a metodologia de projetos da atualidade!!!
Datas do curso em Curitiba!

AMBIENTE, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Fabio Mello Fagundes 1
Fernando Antonio Prado Gimenez 2


Resumo
No Brasil, as micro e pequenas empresas representam 99,2% das 4,1 milhões de empresas formais na indústria, no comércio e nos serviços. A metade dessas empresas fecha antes de completar dois anos de operações. O objetivo deste estudo foi analisar, em micro e pequenas empresas industriais paranaenses, a percepção de turbulência ambiental, a estratégia adotada, o foco estratégico e o desempenho. Além disso, buscou-se verifi car a relação entre estratégia e desempenho em diferentes graus de turbulência ambiental. A amostra foi por adesão, com convite por e-mail. Houve 101 respostas, sendo 70 válidas e submetidas a testes estatísticos. Foi utilizado o modelo de Gimenez (1993) para avaliar a turbulência ambiental; o modelo de Miles e Snow (1978) para estratégia; e, para desempenho, o modelo de Kilmann e Herden (1976). Foi detectado o crescimento da tecnologia como fator de pressão ambiental e redução do impacto para as variáveis governo e fornecedores, comparando-se aos resultados das pesquisas de Miles e Snow (1978) e Gimenez (1993). Não foi comprovada estatisticamente a relação entre foco estratégico (lucro ou sobrevivência) e turbulência ambiental. Contudo, foi encontrada relação entre estratégia e objetivo organizacional. O estudo confi rmou resultados de trabalhos anteriores e evidenciou a necessidade de se investigar atributos pessoais do estrategista e processos estratégicos em pequenas empresas.

Palavras-chave
Pequena empresa. Estratégia. Turbulência ambiental.


1 Bacharel em Sistemas de Informação, Mestre em Administração pela Universidade Positivo (UP), Curitiba, PR - Brasil, e-mail: faggundes@yahoo.com.br
2 Administrador, Doutor em Administração pela Manchester Business School, professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PPAD/PUCPR), Curitiba, PR - Brasil, e-mail: fernando.gimenez@pucpr.br


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